Homens valentes, em cima de cavalos, a espetar ferros em touros. É isto a festa brava, a tourada, que infelizmente ainda leva portugueses às praças disseminadas pelo país. A selvajaria desta suposta forma de cultura é realmente digna de países atrasados.
De fora desta apreciação ficam os forcados, que enfrentam os touros de maõs vazias, numa luta homem/animal em semelhante igualdade de circunstâncias. Pois bem, anteontem à noite a RTP1 gastou preciosos minutos do seu horário nocturno com a transmissão de uma tourada directamente da ilha Terceira, nos Açores. Era a festa da Casa do Pessoal da RTP.
Há algumas perguntas que se impõem: Será que o resto do país tem alguma coisa a ver com isso? Não podem festejar de forma mais recatada? Será que não podiam aplicar o dinheiro gasto na tourada (e respectiva transmissão) em algo mais útil? E que dizer dos comentários? O leitor pode ser poupado a citações, mas alguém devia dizer aos dois senhores que iam apreciando as incidências da barbárie que o touro, por mais irracional que possa ser, sofre com os ferros que lhe vão espetando no lombo. Portanto, não deviam classificar o animal que está na arena como se de um objecto inanimado se tratasse.
Não é por causa destas linhas que a tourada vai acabar, mas felizmente ainda existe direito à indignação. Pior do que haver touradas, é o telespectador ainda ter que levar com elas.
Mário Barros (in Visto, Público de 24 Junho de 2005)
Eu por mim estou 100% de acordo com o Sr. Mário Barros.
E Voçês?
Ao vivo em Barrancos!!!!!
Há imagens que falam por si (....) :(
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